Isabel Barros, Max Oliveira, Pedro Carvalho e Cláudia Marisa
OBJETO-DANÇA
Estreia
objeto-dança
Isabel Barros, Max Oliveira, Pedro Carvalho e Cláudia Marisa
24 ABR 15:00 - 30 ABR23:59
Performance filmada na Praça D. João I, Porto | 20’
objeto-dança: um corpo na cidade
A cidade não existe sem o corpo. Haverá sempre um outro alguém que observa esse corpo que se move atribuindo-lhe sentidos e narrativas. A cidade é um sítio privilegiado para a criação artística na medida em que se constitui como uma estrutura narrativa aberta, que reflete opiniões e dramaturgias individuais que irão contextualizar um determinado momento social. Neste sentido, podemos avançar com a ideia de que as memórias interpessoais e sociais desempenham um papel crucial na construção do espaço cénico. Isto partindo do pressuposto que o espaço público é um espaço de representação e performance em tudo similar a uma sala de espetáculos onde a vida acontece. Desta forma, o espetáculo do mundo é reorganizado a cada momento de acordo com as perceções individuais e as justificações que se atribuem.
Este projeto surge de um desejo pessoal e urgente: Isabel Barros convida amigos de longa data para refletirem o efémero de um corpo individual e intrapessoal na cidade. O desafio é lançado a Max Oliveira, Pedro Carvalho e Cláudia Marisa. Aceitaram!
A dança num diálogo a partir do movimento de cada intérprete e de uma paisagem sonora. As estórias já partilhadas e as que se constroem no momento criam um objeto-dança que se apresenta ao público. Sem rede. Mas com a verdade do aqui e do agora.
Cláudia Marisa
Criação: Isabel Barros, Max Oliveira, Pedro Carvalho, Cláudia Marisa com DJ Godzi
Realizador: Ivo Ribeiro
Produção: balleteatro
Isabel Barros é coreógrafa, encenadora, cofundadora do balleteatro (1983), diretora artística do Teatro de Marionetas do Porto desde 2010 e do Museu das Marionetas do Porto, inaugurado em fevereiro de 2013. Tem um vasto percurso de criação artística, no qual destaca o cruzamento de linguagens, nomeadamente dança, teatro e marionetas. Cedo se interessou por criar momentos de programação ligados à dança, ao teatro e à performance, privilegiando formatos transversais e alternativos e dedicando momentos para criadores emergentes, Recebeu o prémio Almada (1999) atribuído ao balleteatro, como distinção do trabalho realizado ao nível da programação. Em 2014 criou o Festival Corpo + Cidade, dedicado à performance em espaço público, o qual desde 2016 passou a integrar a programação do Festival DDD.
Em 2018 recebeu a Medalha Municipal de Mérito - Grau Ouro. O Porto é a sua cidade de origem e de eleição, na qual desenvolve o seu trabalho com sentido de urgência e forte dimensão social.
Max Oliveira é membro líder de Momentum Crew. Obteve resultados de destaque nos maiores eventos de dança Urbana Mundial (Winner IBE 2011, 2012, 2013, European Battle Pro 2016, World Battle Pro 2016, Finalist IBE 2017, Top 4 Freestyle Session 2017, Winner Warsaw Challenge 2018 World Final). Natural da Cidade do Porto, Bboy e Funky Styler profissional; Coreografo; Produtor; Empreendedor Cultural; Proprietário da MXM Artcenter, da Maxmomentum Artists & Productions e da Momentum Dance Studios; Professor na Escola Superior de Dança na época 2013/2014, é Professor no balleteatro escola profissional. Liderou e Cooperou em projetos artísticos para a Universidade Lisboa; Professor de Pós-Graduação no “Instituto CRIAP” nas cidades de Porto e Lisboa; Red Bull Artist Portugal; Diretor e Criador “WorldBattle”, “Bboy Gala”, “Eurobattle”; Produtor Espetáculos Solverde Casinos e Coreografo do “Impossível” Luís de Matos; Finalista de “Portugal Tem Talento” na SIC; Vencedor “Rock in Rio 2012”; Interprete do TNSJ nas temporadas 2013, 2014 e 2015.
Pedro Carvalho é professor, coreógrafo e fundador/diretor da Ventos e Tempestades – Associação Cultural (Vila do Conde). Tem desenvolvido projetos de dança com a comunidade, destacando-se as peças Quero falar-te, Bater à Porta, Junto ao Rio e Debaixo da Pele. Interseta a ciência e a arte (matemática e dança), criando O Silêncio das Esferas (NEC, 2000), O Homem que só pensava em números e 30por1linha (Companhia Instável, 2011) e O homem que só pensava em números (Solo), coprodução entre Companhia Instável e Ventos e Tempestades. É formador/artista associado do programa LLTA – Learning Through The Arts, Alemanha.
Cláudia Marisa é professora Adjunta na ESMAE. Investigadora integrada no Instituto de Sociologia da Universidade do Porto. Doutorada em Motricidade Humana – Dança, com mestrado em Sociologia da Arte, bacharelato em Teatro (ESMAE/1996), licenciatura em Sociologia, diploma em dança. Publica regularmente sobre estética e análise de espetáculo. Desde 1989 desenvolve atividade profissional artística como Encenadora, Coreógrafa e Performer em colaboração com inúmeros teatros e festivais. Do seu trabalho mais recente como coreógrafa destaca-se: Cânticos dos Cânticos (2017); Re Sonancias (2015); Ordo Virtutum (2015) Eurídice após Orfeu (2013); Speciosa, Dolorosa (2013); Metamorfoses (2012).