O Balleteatro
O balleteatro teve desde a sua constituição a missão de ser um centro para o desenvolvimento das artes performativas. Tendo habitado diversos espaços na cidade do Porto, o Balleteatro é desde 2015 estrutura artística residente no icónico Coliseu do Porto.
Fundado em 1983, foi reestruturado em 1989 e 1994, e teve um papel preponderante na construção de uma comunidade artística para as artes performativas contemporâneas até então inexistente. Foi fundado por Isabel Barros (1983...), Jorge Levi (1983 - 2007) e Né Barros (1983...) e manteve como área fundamental a criação. Gerou a primeira companhia de dança contemporânea no Porto e apresenta hoje um vasto repertório expandido a outras áreas artísticas. Desse repertório, destaquem-se as propostas distintas, Isabel Barros, artista multidisciplinar nas áreas da dança, teatro e marionetas, e Né Barros, coreógrafa e investigadora. A par da criação, o Balleteatro sempre teve a formação em dança e teatro para crianças e adultos como prioritária no seu projeto, tornando-se pioneiro na democratização das artes pela abertura com que abriu à cidade os seus planos (extensivos e inclusivos) e desafios formativos. A continuidade desse trabalho profundo, de contaminação entre criação e formação, permitiu que em 1989 o Balleteatro tivesse visto aprovada a sua candidatura como escola-profissional de teatro e de dança, a primeira no País com estas valências. Desta escola diversas gerações de artistas representativos das artes performativas foram formadas.
Definindo-se num território multidisciplinar e de cruzamentos, onde se destaca a colaboração com diversos artistas das artes plásticas, fotografia, cinema, música e teatro e criação com comunidades, o Balleteatro desenvolve as suas atividades ao nível da criação, formação, programação, edição, documentação e da investigação na relação com grupos de Universidades, em particular, com Instituto de Filosofia da U.P..
É promotor dos festivais Corpo + Cidade (artes performativas e danças urbanas) e Family Film Project (festival de cinema dedicado à memória, arquivo e etnografia).
O balleteatro foi reconhecido com o Prémio Almada (1999) e a Medalha Municipal de Mérito - Grau Ouro (2015).
Em 2021, foi atribuído ao balleteatro o estatuto de Entidade de Utilidade Pública.