Corpo+cidade

Caixa de Esmolas

CHANNELS: When Tunnels get Flooded / Rivers Run Ba

28 Abr / 16H00
Passeio da praia de matosinhos

CHANNELS: When Tunnels get Flooded / Rivers Run Ba
Um espaço é um corpo sem voz, em potência, à espera de ser activado. O som amplifica esse corpo e é amplificado por ele, num círculo-sem-fim. Pleno. Esse espaço é invisível.
Existe, mas ninguém o vê. Mergulhamos numa imagem construída, sem termino. Uma paisagem que se transforma infinitamente. Um arquivo docuficcional. Um pano de fundo que se abre, como uma força ontológica, que se define a si mesma e ao tudo que nela contém. Ecos e Ecologias servem como mapas e cartografias especulativas, miragens de um tempo distante imaginário, crono-poético, que se transforma. A beleza do efeito do vazio, contendo tudo. Um espaço perdido. A extensão de uma memória que plana no ar, e desaparece assim que deixa de ser ouvida.

Inês Tartaruga Água & Xavier Paes
Fazedores multidisciplinares radicados na cidade Porto, Inês Tartaruga Água e Xavier Paes têm vindo a colaborar desde 2015. As suas práticas artísticas vivem da exploração de fenómenos acústicos e visuais, especulando dentro das áreas do som, ecologia, e performance, inserido-se no universo da cultura contemporânea através de processos e ferramentas como investigação, respigadorismo e serendipismo. Expõem o seu trabalho regularmente, tendo passado por espaços como Fundação de Serralves, Galeria Municipal do Porto, Galeria Zé dos Bois, Café Oto, STUK Kunstcentrum, OCCII, La Pointe Lafayette, entre outros.

40’ | Estreia absoluta | +14

Integrado no CORPO+CIDADE / DDD - Festival Dias da Dança

Autoria, concepção e interpretação: Inês Tartaruga Água & Xavier Paes
© Xavier Paes

Muala

3 Mai / 17H00
Mercado do Bolhão

Muala
Mulher em crioulo forro, uma das línguas tradicionais, faladas em São Tomé e Príncipe. Uma performance onde a dança e o teatro se fundem, e vemos o corpo de uma mulher em constante mutação pelas várias entidades e contextos de vida da mulher africana. Um jogo entre o humor, a resiliência, a precaridade, a beleza, a fúria e a sobrevivência como condição única de vida. Um retrato de vida, uma esperança pela igualdade de oportunidades, respeito e condição digna de ser e estar.

Bibiana Figueiredo, luso-angolana fundadora da RaizArte, iniciou os seus estudos em dança no Balleteatro (PT) seguindo a licenciatura em dança na Escola Superior de Dança (PT). No seu percurso da criação e performance, destaca o solo Muala, que estreou no Kinani – Plataforma Internacional de Dança Contemporânea de Maputo. Recentemente encontra-se a desenvolver uma nova obra intitula Vidas de Pedra. Reside em São Tomé e Príncipe e dedica-se ao trabalho da educação artística, educação pela arte e produção cultural, na RaizArte, uma estrutura que trabalha na promoção das artes performativas em São Tomé - educação, comunidade e produção. É também licenciada em Educação, e amplia os seus conhecimentos em projeto de arte para o desenvolvimento

Criação e Interpretação: Bibiana Figueiredo
Assessoria coreográfica: Panaibra Canda
Música e sonoplastia: Bibiana F., Dj Ganyani x The Family Gathering, Pete Namlook - Asbendos, Loscil - Endless Fall

25’ | Estreia Nacional | Todas as idades

Naufragium

Naufragium
Gabriela VP // Corpo+Cidade 2024

3 Mai / 15H30
Sismógrafo

Naufragium
Corpos adivinham-se sempre em qualquer espaço. Qualquer pedaço de tecido contém a memória da pele que o vestiu. Ainda que da pele ele se largue. Ainda que se vistam disfarces. Esconder. Fugir. Tocar, não tocar. Nunca apagaremos quem fomos porque cada corpo contém toda a memória do mundo. E todo o mundo está contido naquilo que somos cada dia. Performance de roupas e corpos, conjura um presente de excessos e fragilidades que continuaremos, talvez, a não reconhecer realmente.

Gabriela VP artista, os seus interesses levam-na a desenvolver trabalho de carácter diverso no qual questões identitárias e contextuais se expressam em objectos, imagens ou performances. Realiza frequentemente trabalho colaborativo no qual aquelas questões são também testadas num registo cruzado com outras identidades e contextos. Publica regularmente como Gabriela Vaz-Pinheiro, sendo também investigadora e docente na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, onde é membro integrado do i2ADS- Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade.

3 MAI | SEX | 15H30 (Nova data)
Sismógrafo

Instalação de roupas usadas e desperdício têxtil, ativadas por performance colaborativa.
Conceito, cenografia e paisagem sonora: Gabriela VP
Elenco: Aura da Fonseca, Dori Nigro, Janne Schröder, Jorge Gonçalves, Rebecca Moradalizadeh
Com actuação de: Pedro Bitencourt
Assistente de produção: Sofia Rocha

20’ | Estreia absoluta | Todas as idades

Integrado no CORPO+CIDADE / DDD - Festival Dias da Dança

© Gabriela VP

Menos por Menos é Mais

Menos por Menos é Mais
Telma João Santos // Corpo+Cidade 2024

4 Mai / 16H00
Estação de Metro de São bento
Menos por Menos é Mais

Começa na ponta do dedo. Uma sensação que se propaga então pelo resto do corpo e me faz recuar. Também podia avançar, mas recuo. Corro até à próxima paragem. Páro. Volto à sensação. Desta vez, a ponta da orelha. Não sei como se propaga, mas tenho comichão. Avanço. Não, tenho que recuar. Como se faz? É sempre menos do que o esperado. Tenho vontade de explicar. Parar e usar as palavras. Mas a linguagem é demasiado própria para ser partilhada e não vou falar. Não me vou mover grande coisa. Não fosse esta sensação, eu estaria parada. Imóvel. O silêncio. A dor do silêncio, o som do silêncio, a narrativa do silêncio. Isso sim é mais.

Menos Por Menos é Mais é um percurso que se vai desdobrando e tornando visível à medida que ele é menos presente no meu corpo. Devolvo a minha roupa-máscara ao espaço público. Devolvo todas as minhas possibilidades representativas, alio-me ao lugar da resistência, da desfaçatez de não ser aliada, de não ser compatível. Como deixar marcas visíveis de contextos de invisibilidade? Como encontrar uma poética da salvação de si através da purga de uma caminhada? Habitar o espaço público, oferecendo-lhe o produto da castração institucional, da multidimensionalidade artística de uma não pertença.

“A nossa situação é, no meio das avalanches, tentar o paisagismo.” Vasco Gato

Telma João Santos é artista e investigadora independente. Doutorada em Matemática e em Artes Performativas, foi professora na Universidade de Évora durante 20 anos. Desenvolve performances a solo e em colaboração desde 2006, com um percurso em torno da multidimensionalidade das formas de auto-re-apresentação intersectando discurso matemático e análise de movimento através do conceito dinâmico de germinar. Faz investigação nos cruzamentos entre investigação científica e criação artística, tendo acompanhado o trabalho de vários artistas: Flávio Rodrigues (cujo projeto G.O.D. é parte da sua tese de doutoramento), Bruno Senune, Sérgio Diogo Matias, coletivo SillySeason, David Marques, entre outros. www.telmajoaosantos.com.

4 MAI | SAB | 16H00
Estação de Metro de São bento

Criação e Performance: Telma João Santos

Criação e execução de figurinos: Carmen Alves
Co-produção: balleteatro | Corpo+Cidade (Festival DDD)
Apoio à Criação: Fundação Calouste Gulbenkian
Apoio a Residência Artística: Companhia Olga Roriz, Casa da Dança.

30’ | Estreia absoluta | + 12

© Telma João Santos

NU MEIO-Bailāo

NU MEIO-Bailāo
Filipa Francisco e Bruno Cochat // Corpo+Cidade 2024

5 Mai / 16H00
Junta de Freguesia de São Pedro da Afurada
NU MEIO-Bailāo
Em cena desde 1996, NU MEIO ironiza a relação de um casal tipicamente português que se refugia no fado e no “maldizer”. O Homem, o Firmino, demarca um território no meio do palco de onde as duas personagens não podem sair. A Mulher, a Mila, tenta obsessivamente trepar, agarrar, sufocar este “homem-montanha”. O diálogo entre as personagens é como uma novela, cheio de lugares comuns, de palavras que explicam encontros e desencontros, de risos estridentes e de cânticos de igreja transformados em opereta. Os intérpretes usam para os seus diálogos acontecimentos recentes do local onde o NU MEIO se apresenta. Para completar estes diálogos, os criadores recolhem histórias de amor, através de entrevistas, a casais de diferentes gerações. Termina com um baile onde todes participam.

Filipa Francisco: Coreógrafa e bailarina, com formação em Dança, Teatro e Dramaturgia. Diretora artística da associação Mundo em Reboliço. Destaca o seu trabalho com diferentes comunidades, em co-criação, como o projeto “A Viagem” com Grupos Folclóricos.

Bruno Cochat: Licenciado pela Escola Superior de Dança –Ramo de Espetáculo. Profissionalizado em Criação Coreográfica pela Universidade Aberta (Setembro /2022). Destaca o seu trabalho de criação no âmbito do LAP e do Atelier Musical da EAMCN.

5 MAI | DOM | 16H00
Junta de Freguesia de Santa Marinha e São Pedro da Afurada

Criação, Interpretação, Figurinos: Filipa Francisco e Bruno Cochat
Música ao vivo: Donatello Brida
Direção Técnica: Joāo Chicó
D.J: s Filippo Lippi & Ivan Carlo
Assessoria de Imprensa: Levina Valentim
Design e Comunicação: Eduardo Quinhones Hall
Produção e Difusão: Mundo em Reboliço | Rita Maia

120´ | Todas as Idades

Integrado no CORPO+CIDADE / DDD - Festival Dias da Dança

© Joao Mariano