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Entreato: intérprete plural

Workshop com Ivo Saraiva e Silva

O presente workshop procurará explorar modos de interpretação múltiplos de um dado discurso em cena. Pretende-se a experimentação do gesto interpretativo da pessoa que o gere, na sua amplitude e variação, na busca de um exercício plural de estar em cena. Propor-se-á circunstâncias várias que interessem à necessidade das ações, dos raciocínios, e da sua interrupção ininterrupta, na força de testar a volubilidade de uma prática cénica. Desta forma, interessa a este workshop potenciar e multiplicar as caraterísticas das pessoas inscritas, na procura daquilo que poderá ser uma prática mais aberta de interpretação teatral.

Ivo Saraiva e Silva (n. 1991) é um dos fundadores da companhia de teatro SillySeason, onde cumpre as funções de diretor artístico, encenador, ator e dramaturgo. É doutorando em Linguagens Cénicas da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde adquiriu igualmente o grau de mestre em Comunicação e Artes. É licenciado em Teatro, no ramo de Dramaturgia, pela Escola Superior de Teatro e Cinema e finalizou o curso profissional de interpretação do Balleteatro. Destacam-se os trabalhos em Sonho de Uma Noite de Verão (2010, do Teatro Praga); em A Flor do Cato (2011, de Filipe La Féria); em A Morte de Danton (2012, de Jorge Silva Melo); em Cabul (2016, de Rui Horta); em Palhaço Rico fode Palhaço Pobre (2017, de João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira); em Cisnógrafo (2017, de Luiz L. Antunes); e na ópera Peter Grimes (2017, de David Allen). Como SillySeason, venceu o prémio de melhor curta-metragem portuguesa do Festival Queer Lisboa 18 com a obra Frei Luís de Sousa (2014) e apresentou o espetáculo Palco Principal (2023) no Festival Festlip (Rio de Janeiro, Brasil). Encenou para a RTP a peça Dolls (2019). Publicou os textos Castro (2021), Pigmalião (2022) e A Cauda da Europa (2023) na editora Húmus, a convite do Teatro Nova Europa, e ainda quatro textos dos SillySeason nos Livrinos de Teatro dos Artistas Unidos pela Snob Editora. Colaborou com Ricardo Cabaça num projeto de reescrita da Odisseia de Homero (2020), e foi autor e dramaturgista do solo Insólido de Sérgio Diogo Matias (2019). Participou como dramaturgo convidado no projeto DraMITurga, no Festival MIT Ribadavia, na Galiza. Participou na série Regresso a Ítaca (2023), realizada por Ricardo Cabaça para a RTP. Foi professor convidado para encenar o espetáculo final do Festival SET 2019, dirigiu um projeto no Balleteatro e orientou um seminário na licenciatura de teatro na ESAP – Escola Superior Artística do Porto, em 2023. Dirigiu, com Pedro Penim, o último projeto-escolas do Maria Matos Teatro Municipal, Hoje é o dia (2018), em colaboração com a Escola Secundária D. Filipa de Lencastre. Tem vindo a lecionar teatro em escolas do ensino básico e secundário. Foi crítico do FATAL (2012) e tem vindo a assinar textos na secção Opinião do jornal Notícias do Tâmega de Amarante e na plataforma CoffeePaste.

Dezembro 2024