( Re) parar o mundo
Elisabete Magalhães & 1º ano Dança Balleteatro Escola Profissional
( Re) parar o mundo
Um gesto de interrupção, um gesto que é quase impossível nos tempos que correm: requer parar para pensar, parar para olhar, parar para escutar, pensar mais devagar, e escutar mais devagar; parar para sentir, sentir mais devagar, demorar-se nos detalhes, suspender a opinião, suspender o juízo, suspender a vontade, suspender o automatismo da ação, cultivar a atenção e a delicadeza, abrir os olhos e os ouvidos, falar sobre o que nos acontece, aprender a lentidão, escutar os outros, cultivar a arte do encontro, calar muito, ter paciência e dar-se tempo e espaço.
Neste cenário, o discurso da autonomia da arte abre espaço para questionar as contradições da sociedade e dar espaço às provocações de uma mudança social. Percorrer um pensamento desobediente, ser livre para questionar, imaginar novas cartografias artísticas e participar na mudança e redistribuição do sensível.
Elisabete Magalhães
Intérprete e criadora, professora e videasta. Atualmente frequenta o doutoramento em Arte Contemporânea com pesquisa em Corpo Autobiográfico, no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. Mestre em Artes Cénicas – Interpretação e Direção Artística com investigação em Corpo e Silêncio. É licenciada em Cinema e Audiovisual pela ESAP. Frequentou a Escola Superior de Dança. Concluiu o curso de Dança no Balleteatro Escola Profissional. Como bolseira, frequentou os Études Paris Goube e Ménagerie de Verre (Paris). Estagiou na Fundação de Serralves no serviço de Artes Performativas na área de cinema e vídeo. Trabalha regularmente com outros artistas e instituições. Leciona em várias instituições de ensino.
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