PROJEÇÕES
Ciclo de Performances Artistas Emergentes
Dustbusters
Cochon de Cauchemar
Neptunina
Maria R Soares
SOS
Vera Santana
ou sonho ou chove
Margarida Queirós
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Dustbusters
Cochon de Cauchemar
Ain’t afraid of dirty bastards … e há muito fascinada pelos tropos da cultura pop, como donas de casa neuróticas e mães tirânicas, Nympho-Ménage (aka Cochon de Cauchemar) celebra na sua peça a solo Dustbusters as figuras familiares femininas que a aterrorizaram e moldaram, levando a tornar-se autoproclamada "Domestic Dominator".
Cochon de Cauchemar [eles/ela] e o seu alter-ego Nympho-Ménage é ume artista visual e performativo queer sediada em Berlim que utiliza o design de figurinos e cenários, a dança, o movimento, o vídeo e a narrativa autobiográfica para refletir sobre a socialização feminina* num ambiente da classe trabalhadora através da ideia de uma herança doméstica e traumática.
Direção, coreografia, performance, figurinos, vídeos, texto e edição: Nympho-Ménage aka Cochon de Cauchemar.
Música e som: Michael Glucksmann.
Letra e canto: Cochon de Cauchemar.
Este espetáculo foi financiado pelo Forecast Mentorship Programme, um projeto da Skills e.V., apoiado pelo Comissário do Governo Federal para a Cultura e os Media.
Este espetáculo foi apresentado no contexto do Open Stage no TANZWERKSTATT EUROPA, em Munique.
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Neptunina
Maria R Soares
Neptunina é um solo coreográfico que reflete sobre a espetacularização da tragédia e da fragilidade e a sua relação com o corpo performativo feminino.
Através de uma abordagem sensível, o projeto procura trabalhar e pesquisar sobre a mística da vulnerabilidade feminina quando sob o olhar atento de um espectador. Explorando temas como a mulher, o feminino, o trágico e a arte, Neptunina centra-se na exigência da vulnerabilidade ao corpo feminino.
Maria R Soares, bailarina, coreógrafa e artista multidisciplinar que trabalha a intersecção entre movimento, coreografia e sonoridade. Como criadora apresentou “VOID VOID VOID” (2023), performance coreográfica e sonora em colaboração com Antonio Marotta e que parte de uma investigação artística ocorrida em 2020 e 2021 apoiada pela bolsa de investigação "Reclamar Tempo" do Campus Paulo Cunha e Silva; e “It’s a long yesterday” (2021), peça de dança criada com Carminda Soares. Ambos os projetos são uma coprodução da Instável - Centro Coreográfico e do Teatro Municipal do Porto.
Em 2022, colaborou também com o Grupo Folclórico da Corredoura e a Sociedade Musical de Guimarães no projeto de comunidade "O meu velho diz que morre", um espetáculo ancorado no folclore português e no seu cruzamento com linguagens contemporâneas. Como performer e bailarina colaborou com Lisa Freeman, Victor Hugo Pontes, Lara Russo, Sarah Friedland, Paulo Brandão, Catarina Miranda, Marianela Boán, e também com Jorge Gonçalves, Joclécio Azevedo, Miguel Pereira, Mariana Tengner Barros e Susana Otero através da companhia Ballet Contemporâneo do Norte.
Criação e interpretação: Maria R Soares
Trompete: João Tavares
Sonoplastia: Antonio Marotta e Maria R Soares
Duração: 10’
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SOS
Vera Santana
SOS é uma dança, com todos os elementos em crise, na escuridão do olhar contemporâneo. Este dispositivo apresenta-se em diversos espectros de crise em vida: começa com o conflito contra o risco da alienação mental, a corrupção do ser, a objetivação do corpo, enquanto sobrevivente do controlo político dos símbolos de poder produzidos pela indústria capitalista.
Uma carta-manifesto frente à supremacia das massas e o totalitarismo silenciosamente gritante que teme em reduzir, significativamente, as possibilidades de criar uma vida no século XXI.
A resiliência da criação e a infinita adaptabilidade, mais a mutabilidade do código do presente, resultam na dilatação do tempo de forma que se desloca em anacronismo na performance multidisciplinar ao vivo.
Vera Santana frequentou o Curso de Artes do Espetáculo na Passos Manuel (2009-2012). Estreou-se no cinema em 2015. Trabalhou no Teatro Municipal Joaquim Benite em Almada (2015-2022). É licenciada na Escola Superior de Teatro e Cinema (2017-2020). Integrou no projecto internacional ECTHEC, com residência artística em San Miniato (Itália) e criou a sua performance ANAMNESIS. Em 2020 começou a ilustrar e a vender algumas ilustrações em Portugal e no estrangeiro. Em 2022 foi convidada para a exposição itinerante “SENHORA DE MIM”. Em 2023 entrou em dois filmes "LARANJAL" de Jotta dúbio e "ENTRONCAMENTO" de Pedro Cabeleira, nesse mesmo ano escreveu e protagonizou a peça “Virgínia”, encenada por Pedro Marujo e, criou também a sua performance multidisciplinar "SOS".
Criação e produção: Vera Santana
Duração: 15’
© Vera Santana
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ou sonho ou chove
Margarida Queirós
lá fora, está um calor que não se aguenta.
o ar arde. as árvores ardem. caem, uma por uma.
tudo desaparece. tudo desmaia. tudo derrete.
até não haver mais nada. até só haver um sol líquido que tudo inunda.
Margarida Queirós concluiu o curso de Teatro na Escola Profissional Balleteatro, em 2019. No mesmo ano, iniciou a licenciatura de Teatro, na vertente de Interpretação, na Escola Superior de Teatro e Cinema, concluído em 2022. Em contexto académico, integrou projetos dirigidos por Álvaro Correia, André e. Teodósio, Bruno Bravo, João Sousa Cardoso, John Romão, Jonathan Uliel Saldanha, Jorge Andrade, Luís Mestre, Maria Duarte, Marta Freitas, Susana Vidal, entre outros.
Em 2019, integrou “Clarão” de André Braga e Cláudia Figueiredo, Circolando – CRL, no Teatro Nacional São João. Em 2022, fez parte do projeto “Aula Aberta” de São José Correia, na Plataforma Revólver e, em 2023, “não recomendado à sociedade” actos II e III de Tiago Vieira, na Latoaria. Ainda, de Tiago Vieira, “procura-se coprodução para vinte intérpretes”, “cânticos noturnos” e “dói, mas você goza”.
Em 2023, cria “ou sonho ou chove”, a primeira performance autoral, a partir de "instruções para dançar agarrado" de Rui Pina Coelho, com estreia nos Recreios da Amadora, com o apoio da Câmara Municipal da Amadora, e com posterior apresentação no Museu de Portimão, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e a Direção Regional de Cultura do Algarve.
Criação e interpretação: Margarida Queirós
Apoio à criação: Rafael dos Santos
Texto: Rui Pina Coelho
Espaço cénico: Rafael dos Santos
Desenho de luz e som: Margarida Queirós
Fotografia: Catarina Santos
Apoio: Câmara Municipal de Lisboa e Polo Cultural das Gaivotas | Boavista |
Agradecimentos: Carlota González, Catarina Santos, Rafael dos Santos, Rui Pina Coelho e São José Correia
Duração: 15’