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Masterclass - Porque me tornei ator? [Nova data]

Com Manuel Wiborg / Destinatários: M/16

Nesta masterclass pretendo contar a minha história de vida que me levou a tornar-me ator profissional, depois encenador, produtor e fundador/director artístico de duas Companhias Profissionais de Teatro: Actores Produtores Associados (de 1998 a 2008) e Teatro do Interior, que fundei e dirijo desde 2014.

Começarei por regressar à minha mais tenra infância onde dividi a minha vida entre o bairro de Alvalade em Lisboa onde nasci, bairro da vanguarda artística de então, quer no cinema novo que ali nascia, em conversas de café, com realizadores como Fernando Lopes, Paulo Rocha, Alberto Seixas Santos, João César Monteiro, entre outros, quer na música moderna com bandas de rock como Xutos e Pontapés, Peste e Sida, Sétima Legião, Censurados entre outras. Paralelamente à minha vida citadina, passava longas temporadas (fins-de-semana, férias escolares) no campo, na região saloia, onde mantive contacto com populações agrícolas, de baixa instrução académica, mas que detinham o conhecimento empírico das profissões artesanais, das tradições mais populares do nosso país. E eu sou o resultado desta vivência na minha infância e adolescência, crescendo numa família de 10 irmãos onde se cultivava um grande gosto pelas artes. A minha história continuará depois, a partir dos 20 anos de idade, data em que iniciei a minha experiência Teatral e que se desenvolveu até aos dias de hoje, agora com 53 anos e já com 33 anos de experiência profissional na área do Teatro, Cinema, Televisão e Música. Falarei sobre o meu percurso artístico, as escolas onde andei, os professores que me influenciaram, os encenadores, realizadores, escritores, artistas plásticos, músicos e demais pessoas com quem me fui tornando no artista que hoje sou. Falarei também da minha experiência profissional enquanto encenador, produtor e director/fundador de duas Companhias de Teatro.
Mas no fundo a génese desta masterclass será sempre a pergunta que me parece fundamental para qualquer ator que termina a sua formação e está prestes a iniciar um percurso profissional: PORQUE QUERO SER ACTOR?

Manuel Wiborg nasceu em Lisboa em 1968. Encenador, produtor, ator, cantor, tradutor, autor, autodidata. Frequentou os cursos de Teatro (Conservatório Nacional) e de Filosofia da Cultura (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa).
Como ator fez parte das companhias Artistas Unidos e Teatro da Malaposta. Trabalhou para o Teatro Aberto, Teatro Municipal de Almada, Teatro Nacional D. Maria II, Centro Cultural de Belém, Culturgest, entre muitos outros.
Trabalhou com os encenadores Jean Jourdheuil, Jorge Silva Melo, Rogério de Carvalho, Artur Ramos, José Peixoto, entre outros, interpretando autores como Brecht, Shakespeare, Heiner Muller, Ésquilo, Henry Miller, Joyce Carol Oates, entre muitos outros.

No cinema fez filmes de Jorge Silva Melo, Manuel Mozos, Jacinto Lucas Pires, António da Cunha Teles, Jorge Queiroga, Raúl Ruiz, Zézé Gamboa entre outros. Em 1992 recebeu o prémio de Melhor ator no Festival Internacional de Cinema de Dunquerque pela interpretação no filme “Coitado do Jorge” de Jorge Silva Melo.
Foi fundador da companhia de Teatro Actores Produtores Associados que dirigiu entre 1998 e 2008 e onde levou à cena peças de Jacinto Lucas Pires, Gonçalo M. Tavares, José Maria Vieira Mendes, Ruy Duarte de Carvalho, encenando também peças de Melville, Dostoievsky, Strindberg, Ibsen, Pinter, Anthony Burgess, Jon Fosse, Sarah Kane, entre outros. Em 2001 ganhou o Prémio Revelação Ribeiro da Fonte atribuído pelo Ministério da Cultura pela encenação da peça “As Regras da Atracção” de Bret Easton Ellis.

Trabalha desde 1991 regularmente em televisão. Participou na série “Conta-me Como Foi” para a RTP 1 que em 2010 recebeu o Prémio SPA.
É autor da peça de Teatro “O Amante de Ninguém” (a partir de Dostoievsky) publicada na Cotovia.
Foi narrador de “Do Mito à Música” (a partir de “As Metamorfoses de Ovídio” com a Tafelmusik Baroque Orchestra – Canadá (CCB) e de “Pedro e o Lobo” de Prokofiev com a Orquestra Luso-Francesa (CCB/Festa da Música e CREA/La Folle Journé d`Ivan Ilitch – narrado em língua francesa).

Gravou o CD de Poesias de Julian Tuwin em Portugal e no Brasil com direção artística e produção de Agnieszka Drewno e dircção de som de Alonso Cano.

Tem sido ao longo de toda a sua carreira um leitor público de poesia tendo nos últimos meses colaborado com a companhia Artistas Unidos na leitura pública de poetas como Gomes Leal, Alexandre O`Neil, Camões, Sophia de Mello Breyner, Natália Correia, David Mourão Ferreira.

Formulário de Inscrição:
https://bit.ly/balleteatro-masterclass-manuel-wiborg

Dezembro 2024