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Na sequência da sua última criação coreográfica, RUPTURES, sobre questionar os movimentos dos humanos na terra no contexto do Antropoceno e das alterações climáticas, Bouziane Bouteldja, coreógrafo da companhia DANS6T, prolonga a experiência ao convocar, numa peça com quatro bailarinos, diferentes narrativas com uma visão geral da história das migrações e dos grandes exploradores. Partindo de gumboot, pantsula, gnawa e danças tradicionais, Bouziane Bouteldja explora corpos em movimentos perpétuos, rituais antigos e danças de dias melhores. Na encenação, com elementos e materiais naturais como água, terra e areia, trabalha com danças ligadas ao solo, criando os seus próprios ritmos, dinâmicas de movimento e oferecendo a possibilidade de um lugar melhor. RITUAL DA VIDA remete à História dos Sapiens, questionando a história das migrações e os grandes movimentos de exploração do mundo. Cria uma ligação entre o ontem e o hoje, explorando as motivações destes movimentos e interrogando a nossa perceção do outro. O ritual estabelece aqui, como uma ponte, uma junção entre pessoas socialmente separadas, ao conectá-las de forma simbólica e orgânica. Também evoca os ciclos da vida e, portanto, uma espécie de universalidade.
O projeto pretende recriar uma forma diferente de vivenciar o espaço público através da performance direta e do envolvimento indireto do público no processo criativo, descrevendo uma paisagem e uma comunidade através de uma narrativa interdisciplinar contemporânea. Numa visão europeia mais ampla, pretende estimular o diálogo/participação/interação dos cidadãos europeus através de uma abordagem participativa human-site specif; aplicar o processo criativo para superar as separações dos outros, mesmo fora do contexto artístico; disseminar um formato metodológico criativo para tornar a cultura mais inclusiva. No centro uma equipa artística internacional, envolvida no desenvolvimento de ferramentas úteis para a evolução contínua do processo "aberto". Essa equipe, ao final do projeto, produzirá um podcast, uma história visual, um documentário, cinco formatos-residência específicos para cada lugar, uma performance duracional de toda a experiência e, por fim, um processo metodológico maduro e reaplicável. Wall como símbolo das distâncias espaciais e emocionais existentes nas relações humanas Dialogue como envolvimento indireto de vozes reunidas em resposta à pergunta: o que está além do muro? Resistance como limite necessário para olhar além, para ver um espaço comum que pode emergir em toda a sua presença, necessidade e poética. mais informações sobre o projeto artístico no site Il Cantiere Parceiros Sardegna Teatro | Il Cantiere | Associazione noau | Les têtes des Arts | Colectivo Noray | Asociación Hacendera | Balleteatro Parceiros Associados Spaziodanza | Pares Sueltos WALL DIALOGUE RESISTANCE | co-funded by CREA-CULT-2021-COOP n. 101055870 (Creative Europe Programme of the European Union)
Começamos no vazio, onde existe um problema por resolver, e partimos à descoberta num caminho que se adivinha complexo e desafiante. Encontram-se problemas no próprio corpo e nas suas limitações: Como lidar com esses limites, contornando e encontrando alternativas? Que caminho percorremos para resolver o problema na arquitetura do nosso corpo como metáfora para a questão do problema geral? O corpo, curioso e perspicaz, procura e dá a mão a um percurso prestes a ser descoberto através do movimento, da construção, do desenho e dos sons. Procura-se, constantemente, ativar as respostas físicas, sensoriais e emocionais para ultrapassar os problemas e encontrar as soluções. “O que é um problema?” é um espetáculo que se constrói em palco, com duas bailarinas, uma delas também artista plástica, e um músico, dedicado ao público juvenil. O objetivo deste projeto é, não só perceber a dinâmica e o pensamento dos mais jovens, mas também dar-lhes a palavra, a oportunidade de exporem a sua opinião e apresentarem propostas de resolução para as suas próprias questões, estimulando o seu sentido crítico e de decisão. Observar as gerações mais novas e a sua forma de pensar, quando criam e questionam, tem um papel transformador. “O que é um problema?” pretende contribuir com a sensibilização de um público mais jovem, que está ainda a tentar perceber o presente e ao mesmo tempo perspetivar o futuro. Esta opção dramatúrgica baseia-se na continuidade do trabalho desenvolvido pelos intérpretes, que desenvolvem parte das suas atividades num contexto educativo, através de novos olhares dramatúrgicos na criação da dança e da música em Portugal. Direção artística | Beatriz Valentim Interpretação | Ana Caetano e Beatriz Valentim Música original ao vivo e sonoplastia | Pedro Souza Conceção cenográfica | Ana Caetano e Beatriz Valentim Instrumentos originais | Os Arranjadores Técnica de som | Inês Lamares Residências artísticas | Teatro do Ferro, Central Elétrica / CACE Cultural, Balleteatro, Biblioteca Municipal de Marvila, Devir Capa Co-produção | Cine-Teatro Louletano, Festival Cumplicidades / São Luiz Teatro Municipal, Teatro Municipal do Porto Apoio | DgArtes / Ministério da Cultura Distribuição | Eira