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‘You put people in a crazy situation; people do crazy things’ Corsetti, soldat américain. Ce solo est inspiré du film ‘Taxi to the Dark Side’ de Alex Gibney. Ce solo parle des militaires forcés à exercer leur métier dans un goulag moderne (terme utilisé par Amnesty International pour désigner les prisons d’Irak, d’Afghanistan et de Guantanamo-Bay), utilisant des abus scandaleux pour arriver à leurs fins. Ces soldats-tyrans ont été désignés par Donald Rumsfeld, (secrétaire à la Défense des Etats-Unis ) : ‘a few bad apples’. Mais, ces soldats-tyrans n’ont –ils pas seulement exercé leurs ordres, donnés par un rang supérieur? Ou, voulaient-ils uniquement que exercer de la torture pour se satisfaire eux-mêmes?
Trabalho de improvisação em torno das fotografias de Gregory Crewdson (Sous la Surface des Roses), obra muito cinematográfica, que encontra eco no universo visual e cénico das criações “N’huit” e “Traces” do coerógrafo Cyril Viallon. As fotografias de Crewdson oferecem-nos uma constatação, um instante suspenso, (e não só porque se trata de fotografia), personagens embrutecidas por um acontecimento que as ultrapasse. Deste acontecimento nada se sabe, cabe ao espectador inventar a sua história. Pretende-se assim que os intérpretes dêem corpo e expressividade aos estados psicológicos motivados por uma fotografia escolhida em conjunto, que recriem o antes e o depois, a poesia e a dor perante o acontecimento. Um trabalho sensível que pretende transportar um sentimento humano através do corpo e da sua expressividade.
A ideia para “MATILDA something or Juliet Berto” é um “one girl-woman show” que nos leva na viagem de uma personalidade imaginativa ao emergir em palco. O mundo desta mulher/rapariga/ser é nutrido por todos os estranhos, ilógicos e absurdos pensamentos e ideias que habitam na sua cabeça. Um jogo com tudo o que ela gostaria de ser, e tudo aquilo que ela não é... com as coisas que gostaria de fazer e as coisas das quais não é capaz... Um espectáculo que explora a relação entre o texto, a voz e o movimento. Um dialogo entre ficção e realidade, entre fazer e observar, entre intimo e público, entre a personagem que eu crio, a minha pessoa e o público. Um diálogo onde por vezes as fronteiras são claras e outras vezes se derretem e desaparecem.
Tendo como base a ideia de um musical contemporâneo, este projecto tem como objectivo criar um personagem simbiótico através do qual o som, a teatralidade e o movimento funcionam como um só meio de expressão. “Augustus hears cars like sea waves” (titulo provisório) é um convite ao exercício criativo de “ver uma coisa como uma outra coisa”. Um mundo onde a canção é coreográfica, a acção é musical e o movimento é um instrumento criando um desafio á identificação do objecto artístico. O motor criativo do projecto é o “jogo” entre as diferentes realidades/meios que se encontram presentes simultaneamente num dado momento ou situação. Citação: Huizinga define jogo como: “uma actividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida quotidiana.”  
Les Artistes [trabalho realizado com os alunos do 3º ano de Teatro do balleteatro escola profissional] LES ARTISTES é um espectáculo feito de fragmentos de entrevistas - uma das linguagens e dos géneros jornalísticos mais temidos, porque é o que menos se controla já que é sempre uma comunicação a dois -, torna-se uma luta entre aquilo que se quer saber, o que se pensa querer, o que nos é dito ou o que se pensa que se nos quer dizer. A linguagem - e os próprios media em todas as suas variantes, estruturas e técnicas -, é uma interpretação de realidades. Isto é, são acontecimentos e realidades dadas sempre em segunda mão; há sempre um fio condutor, um pensamento, uma forma de manipulação de palavras para que a audiência ganhe uma informação ou um conhecimento, à partida, não tendencioso. LES ARTISTES celebra esta imaterialidade não só dos media, mas também do cinema, da arquitectura, da música, da pintura... E do próprio teatro. Uma teatralização de um discurso quotidiano feita de flashbacks, reversões e amputações de sentimentos e, sobretudo, de confissões. São entrevistas a artistas que convocam fantasmas da perfeição, do processo artístico, da frustração, do desejo de glória... Afinal a entrevista é sempre um reconhecimento de importância pessoal a quem se deu tempo ou cinco minutos de fama.
Uh! #2 [trabalho realizado alunos do 3º ano de dança do balleteatro escola profissional  Uh! #2 é entendido como uma ocasião para activar um percurso de estudo da duração de três semanas que se explica no olhar exterior com uma verdadeira e própria encenação. Estamos a imaginar um ambiente com uma sua densidade específica dada com pouquíssimos elementos fundamentais: sobretudo o corpo, luz e som. Queremos questionar a tensão da forma distante do sentido e do signo, distante da imagem, que se inscreva na superfície dos corpos envolvidos em mistério. Nestes últimos anos a nossa pesquisa foi-se direccionando para um sentido de regressão, ou desperdício, no fundo trata-se de uma tentativa que não visa senão falar do nosso tempo. A regressão que nos interessa é aquela entendida como abandono do pensamento, forma que se mostra, mais próxima do transe que do intelecto claramente não estamos numa posição de não contemplar elaborações mentais que nos permitem de formalizar ideias, mas a vontade é aquela de regredir a uma simples estática patológica. Secundarizámos a história da humanidade como uma história de fantasmas e de imagens já que é na imaginação que se opera a fractura e a recomposição dialéctica entre aquilo que é múltiplo mas ao mesmo tempo único. Neste sentido, a plasticidade para nós está relacionado com uma pausa não imóvel, carregada de memória e de energia dinâmica, um  pathos capaz de mover e perturbar o corpo esvaziado de pensamento, numa pesquisa constante apenas em si própria, um corpo que não se poupa a si próprio a favor de um ideal inatingível.
Regressando ao tema do corpo, neste trabalho tive vontade de me focalizar no sistema imunitário como aquele que nos permite sobreviver e conviver com outros seres que habitam em nós, substâncias, corpos estranhos que nos invadem. Este sistema é extremamente complexo, constituído por um conjunto de pequenas células e proteínas especializadas, contribuindo todas para uma harmonia coreográfica que se vai escrevendo no espaço interior do corpo, invisível a olho nu.??Ao ser perturbada essa harmonia acontecem pequenos desequilíbrios e imediatamente o sistema reage para que no máximo da velocidade se restabeleça o equilíbrio inicial. Em todo este processo determinadas células conservam a memória do acontecimento e irão no futuro reconhecer o invasor. A memória existe nestas células tal como na consciência de cada um de nós.
Projecto coreográfico com os alunos do 2º ano de dança do balleteatro escola profissional
Laboratório de Movimento Contemporâneo com os alunos do 3º ano de dança do balleteatro escola profissional