Logo

Residências

candidaturas
Uma coisa de sangue é uma peça de teatro-dança, ou teatro físico, que procura olhar para estruturas familiares e sociais tradicionais e questionar a influência que estas têm para a construção – ou destruição – da liberdade individual. Através do estudo de teorias filosóficas e políticas de liberdade, contratos sociais e contraculturas, a peça convida o público a refletir sobre as suas condutas, moral, ética e sobre as atuais tendências sociais de pensamento extremado e separatista.
Nácar é uma proposta performativa que reflete sobre esquecimento, ficção de memórias. Do árabe naqqára, «tambor», nácar é uma substância dura, irisada, rica em calcário, produzida por alguns moluscos, reveste o interior de diversas conchas e também é libertada como uma reação a um corpo estranho que tenha entrado na membrana epitelial. O corpo estranho causa irritação ao animal que passa a libertar essa secreção isolada para calcificação similar à parte interna da concha, formando uma pérola cujo tamanho varia de acordo com o tempo de resistência ao corpo estranho e das condições climáticas do meio ambiente. Nácar é também a substância que representa os trinta e um anos de um casamento. Desde já há algum tempo que tenho refletido sobre o facto de não ter praticamente nenhum arquivo (fotografias, vídeos, desenhos) sobre a minha infância. Para além dos materiais físicos, as partilhas que me foram transmitidas pelas pessoas próximas com quem cresci são raras e desconexas. Esta ausência de arquivo formou na minha memória um período distante, inventivo e carregado de suposições. A memória é um lugar de energia, armazenamento e evocação, muitas vezes indefinido e construído através da relação de imagens reais com desejos, conflitos e projeções. Este projeto nasce da necessidade de celebração de um espaço e do que este representa para festejar a ironia do que nos é vago e ainda assim tão certo e deslumbrante. Através da construção e desconstrução deste arquivo real e ficcional potencia-se o vigor dos lugares de fragilidade. Performance apresentada no ciclo Private Collection, ciclo integrado na 12ª edição do festival Family Film Project.
O Teatro Playback é uma forma interativa de teatro de improviso, que resulta da escuta, compreensão e representação de histórias pessoais contadas pelo público. Esta residência artística teve como finalidade o desenvolvimento de um workshop de Iniciação ao Teatro Playback, aberto a todas as pessoas interessadas. Datas: 6 e 7 de abril de 2024
Uma história, igual a muitas outras histórias, igual a muitas outras mulheres, meninas, mães e avós. Histórias tão iguais e eternas, que se tornam um cliché. Foram e continuam a ser muitos corpos, corpos que não mentem, olhares que falam, e cicatrizes que se transformam. Estamos no norte de Angola, no Uíge, na aldeia do Kilomosso, a terra dos Bacongos, os grandes feiticeiros. Aqui, a terra é vermelha, o verde é abundante, e as vidas são de pedra. Estamos em 1960, ou em 1975, ou até poderia ser em 2002, ou em 2024... Não, não é uma história sobre a guerra de balas, é uma história sobre a guerra das vidas.
O solo autobiográfico nasce da necessidade de registar a passagem do tempo em vídeo. O corpo em constante mudança procura controlar o tempo dentro das suas próprias regras. Como estar disponível para o imprevisível? Através da colaboração entre o vídeo, o som e o movimento, na (des)construção de diferentes paisagens que se desenvolvem através do corpo. A projeção proporciona a dupla exploração do lugar íntimo/pessoal e do lugar comum. O som impulsiona as memórias (in)definidas que procuram um novo espaço temporal. Quem sou eu no agora versus como é o mundo no agora, são questões que me interessa trazer para o espaço de criação e discuti-las com a equipa e com o espectador. Na tentativa de identificar as mudanças que acontecem na sociedade, nas culturas e no mundo ao longo dos tempos. Para onde vamos? Assim, tendo nós, ao mesmo tempo, consciência do exterior e do nosso espírito, e sendo o nosso espírito uma paisagem, temos ao mesmo tempo consciência de duas paisagens. Fernando Pessoa Criação e Interpretação: Andreia Alpuim Video Arte : Mário M Fonseca Assistente de Criação: Catarina Teixeira Figurino: Linda Barbosa Vídeo e Fotografia: Mário M Fonseca Apoio à residência: Instável-Centro Coreográfico, EVIC, Sekoia-Artes Performativas, Estúdios Victor Córdon e Balleteatro Apoio Financeiro: Fundação GDA, apoio a espetáculos de teatro e dança 2024 Estreia: 12 de outubro de 2024, Armazém22 Vila Nova de Gaia
A obra parte de uma reflexão sobre o que está entre a vida e a morte, as duas coisas que governam o mundo, equalizadoras e transversais a todas as pessoas. O conceito foca-se na ideia dos lugares intermédios entre estas duas facetas e as que delas aí derivam - alegria e tristeza, leveza e luto, festa e funeral. Partindo destas noções aparentemente opostas, questionamos a sua rigidez e desmembramos os seus contrastes, traçando novas linhas num mapa de redefinição entre o ser/estar morto e o ser/estar vivo. Assim, o espetáculo resgata um conceito de “festival fúnebre” , refletindo sobre o fim e a utopia dentro do contexto de cerimónia e ritual. Quando é que os dois se encontram? Onde se distanciam? Durante quarenta minutos, os seis intérpretes homenageiam e disputam os panoramas que se vão revelando, celebrando tempo e espaço e descobrindo novos caminhos de combinar movimento, som e voz. A música surge como uma extensão dos corpos que dão vida a pensamentos e alegorias sobre estes "outros lugares" , por entre uníssonos, contrastes de intensidades e emoções melodramáticas. É uma partilha de reflexão sobre o estar e ser, que se revela intemporal e necessária ao público geral nas suas diferentes fases de vida. Conceito e Direção: Andreia Alpuim e Francisco Oliveira Co-criação e Interpretação: Andreia Alpuim, Francisco Oliveira, Gisela Ferreira, Matilde Tarrinha, Mariana Barbosa e Mário M. Fonseca Música: Francisco Oliveira (a partir de "Tibetan Horns" , do Steven Current) Luz: Mário M Fonseca Figurinos: Coletivo Camafeu Assistência Técnica: Rui Sá Apoio à Residência: Casa Bô, LPstudio, Le Petit Pas Academia de Dança de Leça da Palmeira, CAMPUS Paulo Cunha e Silva, ESMAE, Balleteatro, Instável - Centro Coreográfico Faixa Etária: +14 Duração: 40 min Estreia: 1 de julho, Teatro Aveirense (com o apoio do Estágio de Dança de Aveiro 2022); 15 de Julho, Estaleiro Teatral Aveiro, Portugal 2022 Próxima apresentação: 27 de setembro de 2024, Theatro Gil Vicente Barcelos Apoio : Circulação de espetáculos GDA 2024.
A transdisciplinary exploration, the DA24 will take you to a personal journey of architectural choreography, exploring the way we engage, perceive, and create space by moving. It is an invitation to open up a fresh perspective through the experience of moving, and relate anew to the world around us; to the emotions of objects and materiality; to the childhood memories that the space conjures up; to the speed of the streets where we walk every day; and to the quality of light where we have yet been in our imagination… And perhaps to question what makes us move, and to start asking new questions about the construct of the city, architecture and the life that contains. All through our thinking body and moving mind because the world is ever changing and never static. This year, DA would like to think deeper in the idea of ‘becoming’ as a transformational process through which we constantly renew ourselves while being present in time and space. In philosophy, the idea of ‘becoming’ brings forward the process of change, transformation, and evolution. All what exist are in constant flux transitioning from one state to another, and as a consequence, we are always in the continuous flow of dynamic relationships and events. So, let’s move with our conscious mind in the constant becoming. We are all process, a happening amongst other happenings that are in the state of constant change in relation to one another. DA24 encourages the participants to dive deep into the ever-changing relationalities as dynamic architectural conversations in the city of Porto, a terrain of the oblique. By translating our spatial engagement and felt senses into movement vocabularies, DA24 will culminate in a collective performance as experimental architectural dialogue. ​ We will listen to the voices and desires of the space and the place through the choreography of our moving bodies. Invigorating movement sessions will awaken our spatial awareness, while playful activities experiment with architectural ideas. With individual inner motivations and senses, participants will learn to express embodied ideas through the physicality of the body and choreography. Nestled within the heart of the city, our field of operation are artist residency space at INSTITUTO, also the dance studio at Balleteatro, both our partners in Porto. The urban streets and public spaces rich with culture and culinary delight will also be our playgrounds. There will be a day of excursion to visit wonderful architectures that Porto has to offer. ​ Open to all for those who work and study in architecture and spatial practice, as well as social and cultural practice in wider context, DA Summer Lab hopes that the participants encounter and challenge something unfamiliar or even strange. Because it is these moments of fresh encounters when our creative intuition works at its best and discover something of lasting importance. Choreography as an agency for architecture encourages something a little autobiographic that reflects who we are through moving, and moving together towards creating collective experience. ​ Expect the infectious happiness of moving together! ​ No prior experience in dance and choreography necessary, only your curious self!