Projeções
Ciclo de Performances Artistas Emergentes
17 Mar
/ 21h00
Coliseu Porto Ageas
Coliseu Porto Ageas
Projeções é um ciclo de apresentação de trabalhos de artistas emergentes e futuros criadores. O objetivo é apoiar estes artistas na criação e divulgação dos seus projetos.
Wop!
Wandré Gouveia
A performance Wop! surge de uma experiência criativa em que caixas de papelão são transformadas em plataformas interativas, criando conteúdos animados que colocam o performer em contato com esses objetos e exploram possibilidades em janelas surreais. O diálogo entre animação, os primórdios do ilusionismo/cinema e brincadeiras corporais jogam com gravidade e elasticidade, em uma realidade nonsense.
Performer e Criador: Wandré Gouveia
Cenários para Universo Animado: Jonas Queiroga, Wandré
Desenho de som e composição Original: Lucas Pinheiro Paiva, Tô Bernardo, Wandré Gouveia
Vídeo, Animações, Mapping: Wandré Gouveia
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ODI ET AMO
Aleksandra Demina
“Há uma vitalidade, uma força de vida, uma vivacidade que se traduz em ação através de ti e, como só há um de ti em todos os tempos, esta expressão é única. E se a bloquearem, ela nunca existirá através de qualquer outro meio e perder-se-á. O mundo não a terá. Não é da vossa conta determinar quão boa ela é, nem quão valiosa ela é, nem como se compara com outras expressões. Cabe-lhe a si mantê-la clara e diretamente sua, manter o canal aberto. Nem sequer tens de acreditar em ti ou no teu trabalho. Tem de se manter aberto e atento diretamente aos impulsos que o motivam. Mantém o canal aberto”. - Martha Graham
Coreografia /Idéia: Aleksandra Demina
Dramaturgia: Maria Kachalkova
Bailarina: Aleksandra Demina
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A Rose is a Rose is a Round
Maria Carrasco
O corpo atual frequenta
Intacto, sem muita dignidade
Às vezes olha demasiado, e a dignidade continua a decair
Mas ela não diz, porque não deve
Ama em segredo
Propriedade privada
Na caixa de cartão em casa da avó, que ninguém sabe que ainda existe
Ainda existe
E ninguém sabe
Há coisas que preferem não saber
Engole a própria língua
Está a ficar cada vez mais privado
Ela sabe que é um martírio
E às vezes explode, mas não explode em qualquer lugar
Há muito branco no vermelho
A roda
Uma rosa é uma rosa é uma roda
Um solo que se dissolve e mergulha entre temas preciosos e além, quase intocáveis. Privado - Pessoal - Secreto - Íntimo.
Criação e interpretação: Maria Carrasco
Composição/Som em tempo real: Maria Carrasco e José Ferreira
Figurinos: Maria Carrasco
Cenografia: Maria Carrasco
Desenho de Luz: Gregor Kenneweg e Maria Carrasco
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Nácar
Bruno Senune
NÁCAR é uma proposta performativa que reflete sobre esquecimento e ficção de memórias. É um poema subjectivo e autobiográfico que se incide num lugar de recolha e de fugas. Do árabe naqqára, «tambor», nácar é uma substância dura, irisada, rica em calcário, produzida por alguns moluscos, reveste o interior de diversas conchas e também é libertada como uma reação a um corpo estranho que tenha entrado na membrana epitelial. O corpo estranho causa irritação ao animal que passa a libertar essa secreção isolada para calcificação similar à parte interna da concha, formando uma pérola cujo tamanho varia de acordo com o tempo de resistência ao corpo estranho e das condições climáticas do meio ambiente. Nácar é também a substância que representa os trinta e um anos de um casamento. Desde já há algum tempo que tenho refletido sobre o facto de não ter praticamente nenhum arquivo (fotografias, vídeos, desenhos) sobre a minha infância. Para além dos materiais físicos, as partilhas que me foram transmitidas pelas pessoas próximas com quem cresci são raras e desconexas. Esta ausência de arquivo formou na minha memória um período distante, inventivo e carregado de suposições. A memória é um lugar de energia, armazenamento e evocação, muitas vezes indefinido e construído através da relação de imagens reais com desejos, conflitos e projeções. Este projeto nasce da necessidade de celebração de um espaço e do que este representa para festejar a ironia do que nos é vago e ainda assim tão certo e deslumbrante. Através da construção e desconstrução deste arquivo real e ficcional potencia-se o vigor dos lugares de fragilidade, numa viagem entre a clareza e o difuso, entre a tensão do querer saber e o deixar ir. O que foi, o que fica, o que lateja, o que vive, resiste, persiste.
Um projeto de Bruno Senune
Paisagem sonora: Bruno Senune & Flávio Rodrigues
Vídeo: Bruno Senune & Daniel Pinheiro
Poema: Bruno Senune
Máscara: Bruno Senune & Uri
Documentação e investigação: Telma João Santos
Co-produção: Family Film Project - Private Collections / Balleteatro
Agradecimentos: MIRA FORUM | Espaço Mira, Francisca Lopes, Régis Badel
Este espetáculo é dedicado à memória de Daniel Pinheiro
Wop!
Wandré Gouveia
A performance Wop! surge de uma experiência criativa em que caixas de papelão são transformadas em plataformas interativas, criando conteúdos animados que colocam o performer em contato com esses objetos e exploram possibilidades em janelas surreais. O diálogo entre animação, os primórdios do ilusionismo/cinema e brincadeiras corporais jogam com gravidade e elasticidade, em uma realidade nonsense.
Performer e Criador: Wandré Gouveia
Cenários para Universo Animado: Jonas Queiroga, Wandré
Desenho de som e composição Original: Lucas Pinheiro Paiva, Tô Bernardo, Wandré Gouveia
Vídeo, Animações, Mapping: Wandré Gouveia
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ODI ET AMO
Aleksandra Demina
“Há uma vitalidade, uma força de vida, uma vivacidade que se traduz em ação através de ti e, como só há um de ti em todos os tempos, esta expressão é única. E se a bloquearem, ela nunca existirá através de qualquer outro meio e perder-se-á. O mundo não a terá. Não é da vossa conta determinar quão boa ela é, nem quão valiosa ela é, nem como se compara com outras expressões. Cabe-lhe a si mantê-la clara e diretamente sua, manter o canal aberto. Nem sequer tens de acreditar em ti ou no teu trabalho. Tem de se manter aberto e atento diretamente aos impulsos que o motivam. Mantém o canal aberto”. - Martha Graham
Coreografia /Idéia: Aleksandra Demina
Dramaturgia: Maria Kachalkova
Bailarina: Aleksandra Demina
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A Rose is a Rose is a Round
Maria Carrasco
O corpo atual frequenta
Intacto, sem muita dignidade
Às vezes olha demasiado, e a dignidade continua a decair
Mas ela não diz, porque não deve
Ama em segredo
Propriedade privada
Na caixa de cartão em casa da avó, que ninguém sabe que ainda existe
Ainda existe
E ninguém sabe
Há coisas que preferem não saber
Engole a própria língua
Está a ficar cada vez mais privado
Ela sabe que é um martírio
E às vezes explode, mas não explode em qualquer lugar
Há muito branco no vermelho
A roda
Uma rosa é uma rosa é uma roda
Um solo que se dissolve e mergulha entre temas preciosos e além, quase intocáveis. Privado - Pessoal - Secreto - Íntimo.
Criação e interpretação: Maria Carrasco
Composição/Som em tempo real: Maria Carrasco e José Ferreira
Figurinos: Maria Carrasco
Cenografia: Maria Carrasco
Desenho de Luz: Gregor Kenneweg e Maria Carrasco
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Nácar
Bruno Senune
NÁCAR é uma proposta performativa que reflete sobre esquecimento e ficção de memórias. É um poema subjectivo e autobiográfico que se incide num lugar de recolha e de fugas. Do árabe naqqára, «tambor», nácar é uma substância dura, irisada, rica em calcário, produzida por alguns moluscos, reveste o interior de diversas conchas e também é libertada como uma reação a um corpo estranho que tenha entrado na membrana epitelial. O corpo estranho causa irritação ao animal que passa a libertar essa secreção isolada para calcificação similar à parte interna da concha, formando uma pérola cujo tamanho varia de acordo com o tempo de resistência ao corpo estranho e das condições climáticas do meio ambiente. Nácar é também a substância que representa os trinta e um anos de um casamento. Desde já há algum tempo que tenho refletido sobre o facto de não ter praticamente nenhum arquivo (fotografias, vídeos, desenhos) sobre a minha infância. Para além dos materiais físicos, as partilhas que me foram transmitidas pelas pessoas próximas com quem cresci são raras e desconexas. Esta ausência de arquivo formou na minha memória um período distante, inventivo e carregado de suposições. A memória é um lugar de energia, armazenamento e evocação, muitas vezes indefinido e construído através da relação de imagens reais com desejos, conflitos e projeções. Este projeto nasce da necessidade de celebração de um espaço e do que este representa para festejar a ironia do que nos é vago e ainda assim tão certo e deslumbrante. Através da construção e desconstrução deste arquivo real e ficcional potencia-se o vigor dos lugares de fragilidade, numa viagem entre a clareza e o difuso, entre a tensão do querer saber e o deixar ir. O que foi, o que fica, o que lateja, o que vive, resiste, persiste.
Um projeto de Bruno Senune
Paisagem sonora: Bruno Senune & Flávio Rodrigues
Vídeo: Bruno Senune & Daniel Pinheiro
Poema: Bruno Senune
Máscara: Bruno Senune & Uri
Documentação e investigação: Telma João Santos
Co-produção: Family Film Project - Private Collections / Balleteatro
Agradecimentos: MIRA FORUM | Espaço Mira, Francisca Lopes, Régis Badel
Este espetáculo é dedicado à memória de Daniel Pinheiro
Fevereiro 2025
Março 2025
Abril 2025