Logo
Agenda < >

Performances no contemporâneo

5ª EDIÇÃO - PROJETO DE INVESTIGAÇÃO/CICLO DE SEMINÁRIOS

25 Set / 14h30
Anfiteatro Nobre - FLUP

Performances no Contemporâneo
Filosofia e Artes

Performances no contemporâneo é um projeto de investigação – realizado em regime de laboratório e de encontros de pensamento – cujo objetivo é reunir um conjunto de vozes e abordagens na performance e nas artes performativas enquanto cúmplices e portadoras de uma política do contemporâneo. No território expandido da performance e da performatividade, as margens, o movimento, a mobilização, a paisagem, o arquivo, o discurso e diversas estratégias de comando e de destruição, são matérias emergentes a um debate sobre um corpo potencial e um corpo político.
Na interceção entre prática e teoria, este projeto, criado em 2015, tem como finalidade o questionamento da condição do contemporâneo e a criação de um corpus de eventos que documentem o trabalho desenvolvido num espaço de pensamento tensional entre a filosofia e as artes. Na relação paradoxal de adesão e distanciação ao real, na visibilidade e na invisibilidade, na luz e na escuridão – como refere Giorgio Agamben a propósito da contemporaneidade enquanto relação singular com o tempo – as performances surgem, também elas, como projetos singulares de mundos marginais e formas de resistência.
Interessa-nos um modo de pensamento contemporâneo à voz da primeira pessoa, ao corpo falante da arte, para usar uma expressão de Mário Perniola. Interessam-nos os discursos diretos dos que produzem as obras, assim como os discursos dos que pensam e interferem com a arte.


----------

25.09.2025 

 

A performance enquanto imagem e a imagem enquanto performance

António Olaio

 

António Olaio expõe desde 1980. Terminou o curso de Artes Plásticas/Pintura na Escola de Belas Artes do Porto (atual FBAUP) em 1987. As suas performances no início dos anos 80 levaram-no à música. Foi um dos fundadores do grupo “Reporter Estrábico” em 1986 e, desde 1995, as canções que faz com João Taborda e muitos outros músicos são frequentemente apresentadas nos seus vídeos e exposições. “Anywhere Else” (o seu último álbum) contou com as colaborações de Richard Strange, Victor Torpedo, Vítor Rua, Frederico Nunes, Anselmo Canha, Paulo Furtado, José Valente, Érika Machado, Silvestre Correia, Susana Chiocca, Luís Figueiredo, Ana Deus, Haarvöl, PedroTudela e Miguel Carvalhais. Exposições individuais e performances em Portugal, Espanha, Alemanha, EUA, França, Holanda, Reino Unido. Professor no curso de Arquitetura da Universidade de Coimbra. Concluiu o seu doutoramento em 2000, publicado no seu livro “Ser um indivíduo chez Marcel Duchamp”. Diretor do Colégio das Artes de 2013 a 2023 e investigador Centro de Estudos Interdisciplinares CEIS20. Responsável geral pela curadoria dos espaços expositivos do Colégio das Artes. Coleções públicas em que está representado: Ministério da Cultura, Museu de Serralves, Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, Museu Extremeño Ibero-Americano de Arte Contemporânea, Badajoz, Espanha, Fundação EDP / MAAT, Fundação Calouste Gulbenkian, Museu Nacional de Arte Contemporânea / Museu do Chiado, Coleção PMLJ, entre outras.

http://antonioolaio.com

 

 

Performance e Empatia: Processos de Simulação Corporificada

Graça Corrêa 

 

Graça P. Corrêa doutorou-se em teatro no Graduate Center da City University of New York, com uma tese sobre as paisagens sinestéticas na obra de Harold Pinter, à luz da Ecocrítica contemporânea e da teoria transdisciplinar Simbolista. Concluiu projetos de Pós-Doutoramento no CFCUL-Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa, um deles sobre a transdisciplinaridade do movimento Gótico-Romântico. A sua investigação atual versa sobre o fenómeno da Empatia nas artes (performance, teatro, cinema, arquitetura, paisagismo, pintura e literatura). É encenadora-dramaturgista, docente e investigadora em ciência e arte (FCUL/FLUL); brevemente irá lançar um livro sobre Teatro do Clima e Ecodramaturgia no Antropoceno (Climate Theatre and Ecodramaturgy in the Anthropocene, ed. Caleidoscópio 2025) que coordenou com Alexander Gerner (ULusófona).

 

 

I-DT Model: analyzing interdisciplinary works based on body and movement

Rina Badash

 

A choreographer and a scholar in the fields of Dance and Interdisciplinary performance; a lecturer at the Interdisciplinary Program in the Arts, Tel-Aviv University; facilitator of movement sessions at the Theater Studies Dep., Western Galilee College, Acre; a modern-contemporary dance teacher, guiding creative processes and experimental activities with community members; the Chairwoman of the Dance Committee, the National Program for Educational Observation in the Arts, Ministry of Education; a member of the Israeli Society for Dance Research.   

 

 

“espaço para a acção” - olhar a narrativa em função de: uma composição do espaço de palco; uma composição fotográfica. Plano, perspectivas e (tri-bi)dimensionalidade.

Simão do Vale Africano

 

Simão do Vale Africano licenciou-se em Psicologia Clínica e da Saúde pela Universidade do Porto. Viveu em Génova, onde estudou representação na Scuola di Recitazione del Teatro Stabile di Genova. Mais tarde, em Turim, trabalhou com encenadores como Pierpaolo Congiu e Antonio Villella, tendo também desenvolvido projectos independentes nos quais encenava e representava. Como actor interpretou textos de autores como W. Shakespeare (“Hamlet”, “A Fera Amansada”, “Muito Barulho Por Nada”, “O Rei Lear”), C. Goldoni (“A Estalajadeira”, “O Teatro Cómico”), L. Pirandello (“O Homem da Flor na Boca” e “Cecé”), Molière (“Tartufo”), W. Allen (“Riverside Drive”) ou E. O’Neill (“Longa Jornada para a Noite”). Dos encenadores com quem trabalhou devem sublinhar-se os nomes de Joana Africano, Sara Carinhas, Rogério de Carvalho, Nuno Carinhas e Ricardo Pais. É fundador da Subcutâneo - Teatro Hialurónico, da qual foi um dos directores artísticos durante 10 anos. Foi assistente de encenação e actor no espectáculo “talvez… Monsanto”, uma criação de Ricardo Pais com direcção musical de Miguel Amaral, uma coprodução Subcutâneo/TNSJ/CCB. Foi assistente de encenação de espectáculos dos seus colegas de companhia Joana Africano (“NÉMESIS”) e Daniel Silva (“Má Fé”).Trabalhou como encenador, tradutor e dramaturgo. Em Abril de 2013, regressou de Itália para encenar “Gertrude”, uma sua criação a partir de “Hamlet” de W. Shakespeare. A 13 de Maio de 2016 estreou (numa coprodução Subcutâneo/TNSJ) a sua encenação de “As Criadas”, de Jean Genet, trabalho que recebeu a “Menção Especial da Crítica, 2016” pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro. Traduziu quatro peças de L. Pirandello (publicadas numa edição do TNSJ), duas das quais nunca antes editadas em Português. Destas, três foram encenadas pelo próprio num espectáculo intitulado “Trattoria Pirandello” (coprodução Subcutâneo/TNSJ), que estreou a 15 de Novembro, 2018, no Teatro Carlos Alberto, Porto. Nos primeiros meses de 2019, encenou “Escrever, Falar”, de Jacinto Lucas Pires, numa coprodução Momento/Casa das Artes de Famalicão. Em 2022 encenou a primeira dramaturgia de sua autoria, “O Cadáver Esquisito”, produção Subcutâneo - Teatro Hialurónico. Recentemente traduziu e encenou “Quem tem Medo de Virginia Woolf?” (de E. Albee) no TNSJ, com enorme sucesso de bilheteira, numa coprodução Subcutâneo/TNSJ/CAVNF/ CCB. É docente regular de interpretação no balleteatro escola profissional. É também fotógrafo, tendo dedicado grande parte do seu trabalho à fotografia de cena e à criação de conteúdos promocionais para espectáculos, incluindo os seus. Foi colaborador da Voyeur Lab. Apresentou a sua primeira exposição com a série “self-less self-portraits” (com curadoria de Rossana Mendes Fonseca, na CRU - Creative Hub, Porto).

 




-------

22.05.2025 

 

Traços de um campo entre arte e urbanismo

Hugo Reis

Hugo Reis é arquiteto (2009) e cofundador do estúdio de arte e arquitetura FAHR 021.3 no Porto (2012). Onde, interessados em práticas críticas espaciais, apresentam obras e processos exploratórios em cruzamento com diferentes expressões artísticas, tanto a nível nacional como internacional. A proximidade ao espaço público e propostas de planeamento-ação, em diferentes dimensões de território, alimenta o potencial de explorar o cruzamento interdisciplinar entre arte, arquitetura e urbanismo. Atualmente é investigador de doutoramento no centro de investigação DINÂMIA'CET no ISCTE em Lisboa, com bolsa pela FCT, com o objetivo de retratar um campo relacional de planeamento entre dinâmicas culturais e urbanas em cidades de pequena e média dimensão em Portugal.
Hugo Reis é investigador no Doutoramento em Arquitetura dos Territórios Metropolitanos Contemporâneos no DINÂMIA’CET- ISCTE, em Lisboa.
Bolseiro FCT 2021.08750.BD

 

Brincar Físico: a Performatividade Emergente na Interação entre Corpo, Movimento e Espaço no Universo Infantil

Susana Manso

Susana Manso, professora e coreógrafa, doutorada pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, investiga o Brincar Físico, uma prática interativa ainda pouco explorada pela Sociologia da Infância. Natural do Montijo, licenciou-se em Dança pela Escola Superior de Dança de Lisboa e concluiu uma Pós-graduação em Dança no Laban, em Londres, onde aprofundou os seus estudos nas áreas de corpo, movimento, composição e pedagogia. A sua prática alia investigação e ensino, reconhecendo o corpo como um meio fundamental de expressão e construção de conhecimento. Atualmente, A sua pesquisa foca-se nas dinâmicas entre corpo, movimento e materialidades, observando como as crianças, de forma autónoma e criativa, constroem ações no contexto do jardim-de-infância, sem imposições externas. A partir desta investigação, Susana questiona as abordagens tradicionais no ensino da dança, propondo a integração de criatividade e improvisação. Defende uma pedagogia dinâmica, interdisciplinar e inclusiva, que prioriza a autonomia dos alunos, fomenta a exploração física sem a imposição de certo ou errado, e incentiva a construção de repertórios próprios de movimento. Ao destacar o potencial educativo do Brincar Físico na dança, Susana reforça-o como uma ferramenta pedagógica essencial para o desenvolvimento humano, criatividade e reflexão crítica.

 

SOLO

Deeogo Oliveira 

Diogo Oliveira, intérprete, professor e bailarino, cruza diversas linguagens artísticas no seu trabalho. Conclui o seu Mestrado em Criação Coreográfica pela ESD. No seu percurso considera “Al mada nada” de Ricardo Pais (2014) um momento de viragem onde redescobriu as competências adquiridas no Breaking e transformou na sua carreira artística. Destaca também a recente nomeação pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) para melhor bailarino na peça "Lago Libidinal" de Jonathan Uliel Saldanha (2023). Como intérprete trabalhou com Ricardo Pais, Victor Hugo Pontes, Né Barros, Willi Dorner, Companhia Instável, Radar 360, Ensemble Sociedade de Atores, Jorge Gonçalves, Helder Seabra, Jonathan Uliel Saldanha, Projecto Cardo, Jaime Monsanto, entre outros. Como Coreógrafo estreou-se em 2018, cocriando com parceiros multidisciplinares, entre eles destaca, "SOLO" com Manuel Tur, "Kokoro" com Ana Isabel Castro, “A Night in the Belly of the Beast” com Ensemble, “Constelações” com Projecto Cardo e "Quimera" com John Romão e Filipa Francisco. Paralelamente desenvolveu “A Coragem de ser Eu” uma trilogia de peças que foram o motivo de estudo para a conclusão do seu Mestrado e "ninguém" uma criação autónoma a convite da Erva Daninha e TMP. Como docente, tem sido convidado por diversas instituições nacionais e estrangeiras.



-----

22 de Maio
Deeogo Oliveira
Hugo Reis
Susana Manso

25 Setembro
António Olaio
Graça Corrêa
Rina Badash
Simão do Vale Africano

3 de Novembro
Emídio Agra
Gabriela Vaz-Pinheiro
Jorge Palinhos
Rossana Fonseca

FLUP - Sala de Reuniões (2º Piso) / Anfiteatro Nobre 
Instituto de Filosofia | Universidade do Porto

 

Setembro 2025
Outubro 2025
Dezembro 2025