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Performances no Contemporâneo - 4º Encontro

3ª Edição

Via Zoom 
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Performances no contemporâneo é um projeto de investigação – realizado em regime de laboratório e de encontros de pensamento – cujo objetivo é reunir um conjunto de vozes e abordagens na performance e nas artes performativas enquanto cúmplices e portadoras de uma política do contemporâneo. No território expandido da performance e da performatividade, as margens, o movimento, a mobilização, a paisagem, o arquivo, o discurso e diversas estratégias de comando e de destruição, são matérias emergentes a um debate sobre um corpo potencial e um corpo político. Na intercepção entre prática e teoria, este projeto, criado em 2015, tem como finalidade o questionamento da condição do contemporâneo e a criação de um corpus de eventos que documentem o trabalho desenvolvido num espaço de pensamento tensional entre a filosofia e as artes.

06/03/2023 | 14H30
EXPLOSÕES DE AFECTOS PÚBLICOS
Ana Pais

EXPLOSÕES DE AFECTOS PÚBLICOS
Afectos públicos são um dos conceitos mais relevantes para pensar a contemporaneidade. A mobilização e manipulação de grupos-alvo nas esferas públicas tem minado resultados eleitorais, gerado ondas de desinformação catastrófica e disseminado a ignorância sobre o conhecimento, factos particularmente graves num momento pós-pandémico de ascensão da extrema direita com a guerra na Europa em pano de fundo. Como forças invisíveis que condicionam a nossa experiência afectiva, os afectos públicos influenciam o modo como criamos vínculos (formas de ligação) com o mundo, modelando os nossos desejos, escolhas e comportamentos.

Frequentemente, as artes performativas desvelam tensões e movimentos subtis desses afectos colectivos que, num determinado momento e local, latejam e circulam no espaço público, activando as suas forças invisíveis no encontro com o público.  O controverso espectáculo Catarina e a Beleza de Matar Fascistas, de Tiago Rodrigues, revela conflitos do presente em relação a ideias/valores/sentimentos de liberdade, injustiça e medo, cruzando temporalidades do passado e do futuro, incendiando protestos nas plateias.  Será a partir dele que conversaremos sobre o tema do seminário.

Ana Pais é investigadora em artes performativas (ICNOVA), dramaturgista e curadora. É autora do livro O Discurso da Cumplicidade. Dramaturgias Contemporâneas (Colibri 2004), Ritmos Afectivos nas Artes Performativas (Colibri 2018) e Quem tem medo das emoções? (Performativa 2022). Organizou ainda a antologia Performance na Esfera Pública (2017, Orfeu Negro) e a sua versão em inglês disponível para download gratuito em www.performativa.pt. Foi crítica de teatro no Público (2003) e no Expresso (2004). Como dramaturgista, colaborou com criadores de teatro e dança em Portugal (João Brites, Tiago Rodrigues, Sara de Castro, Rui Horta e Miguel Pereira) e, como curadora, concebeu, coordenou e produziu vários eventos de curadoria discursiva, dos quais destaca o Projecto P! Performance na Esfera Pública (Lisboa, 10-14 Abril 2017) e Em Fluxo: sentimentos públicos e práticas de reconhecimento (Lisboa, 3-5 Abril 2019). Documentação sobre estes dois eventos disponível aqui: www.performativa.pt. Actualmente, é professora visitante na UFBA – Salvador da Bahia.

Organização
Né Barros
Aesthetics, Politics and Knowledge Research Group
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Parceria: Balleteatro
Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT)

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