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A Nossa Carta ao Mundo

Martim Pedroso

24 FEV / 21h30
Teatro Helena Sá e Costa 

A NOSSA CARTA AO MUNDO inspira-se no título da coletânea de poemas ESTA É A MINHA CARTA AO MUNDO E OUTROS POEMAS de Emily Dickinson e pretende ser um projeto de escrita cénica em colaboração com os alunos que parte das seguintes premissas dramatúrgicas:


1) Tendo em conta o estado do mundo, o que é relevante, social e politicamente, expor em palco hoje?
2) Que queixas tenho a fazer eu do meu país e da minha casa?
3) O que fazer para transformar o meu mundo num mundo mais justo?
4) O que é a justiça? O que é a felicidade?
5) Que orgulho tenho eu do meu país e da minha casa?
6) Como interagir com a infelicidade e a injustiça?
7) Para onde me dirijo?
8) Como posso interferir no meu futuro?
9) De que forma, o bem privado se reflete no bem público?
10) Que responsabilidades temos? Que casa queremos construir?

A ideia basilar deste projeto é construir um espetáculo autoral, a partir da prática do Viewpoints (A. Boggart/Tina Landau), convocando o conhecimento e as ferramentas técnicas e intelectuais que os alunos têm vindo a adquirir durante os 2 anos do Curso do Balleteatro e fomentar a liberdade criativa. É um ponto da situação e uma tomada de consciência sobre a ideia de urgência e serviço público das artes em geral e das artes performativas em particular. É, talvez, o que eu considero, a chegada à idade adulta do curso, onde o aluno passa a ser mais responsável, maduro e autónomo. É suposto o aluno finalizar este projeto com uma consciência mais apurada sobre a responsabilidade do intérprete-criador e da própria arte em si.

Martim Pedroso

Nasceu em Lisboa em 1979.
Conclui a Licenciatura de Atores e Encenadores da E.S.T.C. em 2006 e o grau de Especialista em Encenação do IPL em 2018. Para além de participar em diversos trabalhos como ator em criações teatrais e projetos cinematográficos e televisivos desde 1998, inicia a sua atividade como dramaturgo e encenador em 2005. Desde então, tem usufruído de apoios pontuais e bienais para as suas criações, nomeadamente por parte da DGArtes e do programa a jovens encenadores da Fundação Calouste Gulbenkian. Participa no curso internacional para atores e encenadores École des Maîtres, em 2006, com o premiado encenador italiano Antonio Latella. Usufrui da bolsa Inov-Art em 2009 para uma colaboração de 6 meses com a Cie. Zerogrammi, em Turim, e tem mostrado os seus trabalhos pelos principais Teatros e centros de criação em Portugal, em colaboração com os seguintes coprodutores: Teatro Maria Matos, S. Luiz Teatro Municipal, ZDB, Festival Materiais Diversos, FITEI, Centro Cultural Vila Flor, Teatro Municipal da Guarda, O Espaço do Tempo, Devir/Capa, Teatro Municipal do Porto Rivoli e Campo Alegre e Teatros Nacionais Lisboa e Porto. Paralelamente ao trabalho como ator e encenador, dedica-se ao trabalho de formação, tendo já lecionado em várias escolas artísticas, tais como: Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, ACT, E.S.T.A.L., In Impetus, Balleteatro e leciona atualmente no Curso de Testro da ESAD das Caldas da Rainha. De entre as suas produções teatrais, destaca: Marcações para um Crime (2005); Seres Humanos (2006); Dream Play, um tríptico (2008 e 2009); Purgatório (2009); A Philosophia do Gabiru (2011); O Grande Salão (2012); Penthesilia, dança solitária para uma heroína apaixonada (2012); O Tempo e a Ira (2013); Sonhos de uma Noite de Inverno (2013); O canto do Imperador (2013); AFTER, um delirium fora d´Horas (2014); Consegues Ver os Teus Pés? (2014); As Três (velhas) Irmãs (2015); Lúcia Afogada (2015); Filhos das Mães (2016); Cabarética (2018); Boudoir; 7 diálogos libertinos (2018); História Ilustrada do Teatro Português (2019); Noite de Estreia (2021); 5,6,7,8 and One (2022). É membro fundador, diretor executivo e co-diretor artístico da Nova Companhiadesde o ano da sua fundação, 2013.

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