VAGA
Vaga, que dá continuidade, como numa viagem mental, a outras duas produções anteriores, (...) completa um discurso que se desdobra em várias frentes, na sua natureza dupla de trabalho dividido-unido numa primeira parte formal, feita de passagens dentro-fora de cena e de microdanças intensas que nascem de variações sobre “famílias de gestos”, segundo uma modalidade que o pós-moderno americano ofereceu à velha Europa, e numa segunda parte “expressiva-performativa” com os bailarinos de rosto coberto atentos a uma obra colectiva de improvisação por enigmas. Explica a coreógrafa: “A leitura do espectáculo, para mim, deve ser entendida no sentido da perda, da des-memorização, do esvaziamento, do isolamento, também como metáfora da nudez psicológica e da identidade na sua condição impessoal”.(Elisa Vaccarino)