CITÂNIA, CITÂNIA
Um trabalho com um caráter performativo que incorpora, no entanto, uma forte componente de composição. O resultado é híbrido, entre a performance, a dança e a música, e poderia ainda ser pensado como uma marcha. O lugar escolhido, a Citânia de Sanfins, serviu de matéria de instalação e temática para explorar criativamente os corpos nos seus movimentos e circulações e no seu habitar. Ocupar e desocupar. Sair, fugir e voltar. Ao longo do espetáculo podemos assistir a uma exploração de movimentos de fluxo e de territorialização que possam qualificar os movimentos de uma cidade imaginária. Partimos de ruínas, de algo que aconteceu outrora, para reconstruir uma cidade excêntrica, antiga e contemporânea, deslocada. A ideia de cidade e de lugar na sua relação com o corpo define um dos eixos importantes de discussão e matéria criativa. O social e a ficção misturam-se e abrem-se a novos lugares imaginantes.