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ALUGO-ME PARA SONHAR

Um corpo que procura um corpo suspenso que por vezes toca o lugar e quase não pesa um corpo que por momentos é pessoa e pássaro um corpo que se descola da terra em direcção ao espaço, a um espaço que não existe, mas que se inventa por momentos. A felicidade da leveza, o grito cantado pela rainha que passa no mesmo lugar deixando uma impressão leve, talvez penas uma pessoa que percorre uma paisagem, mais uma pessoa que se confunde com a primeira, sendo a mesma pequena suspensão no tempo em direcção a um caminho ainda por traçar. Isabel Barros