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3ª ESTAÇÃO


Trouxeram uma mulher inventada para o centro da cena. Talvez ela exista. Efémera. O tempo mínimo suficiente para parecer que existe. Ilusória, chora, ri como todas as coisas vivas, ou não, que choram e que riem. Um quadrado iluminado revela a ínfima parte de um pensamento fugaz. Fecharam a persiana. Ficaram as sombras. [Será que tudo isto é uma história de amor?] Não somos mais do que as testemunhas inevitáveis da ilusão. Tudo é nada. Tudo é falso. As rosas são de plástico. Os passos são indecisos. O dia é um holofote. O princípio está depois do fim. A história não é história. É um estado de alma. [p.s. por favor não desliguem a máquina dos sonhos]